segunda-feira, 27 de julho de 2009

LUCAS LEIVA - STUDIO

VALE SEM FIM.

Vale sem fim é cidadezinha no meio do nada, literalmente. Aparentemente abandonada, mórbida. A principal propriedade é uma casa grande e pelo que se percebe ninguém mora ali há muito tempo. No terreno da casa fica o Lago do Diabo, com águas negras e fétidas. Jaime, um rapaz de vinte e poucos anos, ouvia falar dessa cidade desde criança e nunca acreditou nas histórias contadas e nem que a cidadezinha pudesse existir. Até que em uma conversa com sua amiga Melissa, ele conta as histórias que sempre ouviu. Melissa se impressiona e acha que tudo é verdade, porém não teme. Ela insiste tanto que consegue convencer Jaime a procurarem a cidade. Na biblioteca da cidade em que vivem, conseguem descobrir, nos arquivos mais antigos, o mapa da localização exata de Vale Sem Fim, que na verdade se chamava antigamente Vale da Felicidade e, o lago, Lago dos pássaros. Ouviam-se muitas histórias sobre como a cidade se tornou deserta e teve o nome trocado, as variações eram tantas que ficava difícil acreditar mesmo. E isso motivou Melissa a investigar.Apesar dos apelos de amigos e familiares, Jaime e Melissa partiram. Uma das muitas histórias sobre Vale Sem Fim dizia que quem ia até lá nunca mais voltava. Mas os dois, além de não acreditarem, não temiam nada. Após uma exaustiva viagem durante muitas horas chegaram à entrada da cidadezinha. Começava a escurecer e o ambiente era assustador. Desceram do carro e resolveram explorar o local a pé. Avistaram a casa principal da cidade e concluíram que a resposta de tudo estaria lá dentro. A cidade parecia se resumir praticamente àquela casa, já que as outras poucas propriedades eram muito pequenas. Algumas das histórias diziam que as casas pequenas eram dos empregados da casa principal.
Os amigos seguiram para a casa grande e sinistra. Tudo ao redor da casa, assim como na cidade inteira, dava sinais de que não havia ninguém vivo por ali há muitos anos. No quintal da casa avistaram o lago e um velho carvalho que espantosamente era a única forma de vida naquele lugar. Antes de entrarem na casa, eles resolveram explorar o exterior dela. Nada se ouvia e quase nada se via sem o auxílio de uma lanterna. Pararam e conversaram sobre para aonde iriam primeiro. Decidiram ir até o lago e tentar entender porque ficou sendo chamado de Lago do Diabo. Ao se aproximarem do lago, Melissa chegou a sentir tonturas, tamanho era o fedor de coisa podre que o mesmo exalava. A água era tão escura quanto a noite que chegava. Com cautela e narizes tampados se aproximaram da beira do lago, olharam tentando ver algo no fundo. Conseguiram vislumbrar algumas silhuetas. Oh, eram silhuetas humanas, bem lá no fundo. Havia algo escuro na terra em volta, marrom escuro. Oh, era sangue, velhas marcas de sangue. Ouviram passos se aproximando, não tiveram tempo de virar para ver o que era. Sentiram uma forte pancada na nuca e caíram no Lago do Diabo. E até hoje se espera a volta de Jaime e Melissa.

Conto de Vilian
Comunidade M30 SP

SAUDADES DE VOCÊ



Apenas lembranças ficaram
de momentos aconchegantes
complementados sonoricamente
com musicas que se identificavam

Companhia agradável e deliciosa
nas madrugadas registradas involuntáriamente
palavras que não existirão mais
notas que se perderam entre desentendimentos

Saudades aqui ficou
no vazio que vc deixou
dificil de ser preenchido
impossivel de ser substituido

Igual a vc nunca existirá
por mais que eu canse de procurar

Vc foi e sempre será alguem muito especial para mim.
ROBBIE JO

domingo, 12 de julho de 2009